-Ai vem ele! O chão já estremece, podem sentir?
Risos... sempre bem vindos entre nós, afinal o que seria a vida sem eles?
Entrámos calmamente na sala, pois de ruido ele não gostava, e ninguém em sua plena consciência a sua furia testar desejava.
Grande e gordo eu o descrevería, um troll, um grande troll, mas este sem moca e com alguma inteligência, pelo menos em certas áreas.
A classe começou, o silêncio perdurou, apenas ventoinhas se ouviam... e a voz do gigante quando assim o desejava. Tudo corria naturalmente, eramos escravos de sua vontade e seguir o que nos ordenava tinhamos, e assim era, sem sorrisos, sem parleio.
“Xesssss” se vez ouvir do nada, alguém com desejo de a boca adoçar, caiu na insatez de fazê-lo durante aquele tempo proibído. O gigante rapidamente detectou o som plastificado e quase correndo em direcção da inocente presa balbuciou gritando:
- Na sala não se come! Mais uma vez e sais porta fora!
Não me senti envergonhado, sim, era eu a presa, o inocente, o insenssato, pois todos ali sabiam que o gigante não era para brincadeiras e todos estavamos juntos e unidos contra a sua magnitude.
Outro dia xegou, um uivo se fez ouvir.
-Ai vem ele. – Disse sorrindo.
Subindo os não tão poucos degraus apenas com um salto, ao nosso piso chegou, franzino como sempre mas com uma barba que não enganava, este era subredotado pois não precisava de lua cheia para se tornar quem era.
Não se podia confiar em ninguém, especialmente neste tipo de seres, hoje são mansos e amanhã atacam-te sem esperares, e como tal nunca lhe revelei a minha verdadeira identidade, falando sempre em suas aulas um português diferente, um português proveniente de uma antiga colónia sul-americana. E ele, selvagem demais para perceber a verdade, nunca se apercebeu da falta de veracidade das minhas acções.
Cada vez que o chamava para esclarecer uma dúvida, era o riso pegado em minha volta...
Numa aula deste ser, o trol surgiu, tendo em privado uma conversa com ele. Nós estudantes suspeitá-mos de algo, e nossa fertil imaginação uma vez mais se iniciou.
No dia seguinte a este ocorrido, o troll não nos veio escravizar, e surpresa das surpresas, o lobisomen tampouco.
-Estão juntos... – Alguém me disse.
-Só pode. Lembram-se de eles ontem terem falado em privado?
Um tremor de terra se sentiu, e já anteriormente tinha acontecido, é o que acontece quando dois gigantes que se amam e odeiam se encontram para uma luta.
15-03-2010 - 16:54 - [Uma história passada]
N. Fingidor